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Av. Paulista 2378 – Cerqueira César (São Paulo - SP)
Em plena Paulista Muitos desconhecem que no final da movimentada Av. Paulista há um imponente templo de arquitetura neoclássico, escondido pelos arranha-céus e pela velocidade dos passantes. Este refúgio fica na esquina com a rua Bela Cintra; a Igreja de São Luís Gonzaga. A igreja foi projetada por Luís de Anhaia Mello, professor da Escola Politécnica da USP. Em estilo jônico, seu pórtico apresenta duas colunas de granito rosa com 11 metros de altura; os capitéis de bronze pesam 3 toneladas e foram feitos no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
A estrutura interior possui 750 metro quadrados, sendo moldada por meias colunas de mármore trabalhadas em blocos únicos de 6 metros de altura, com bases e capitéis coríntios em bronze. A imagem de São Luís Gonzaga foi feita em mármore de Carrara, obra do escultor italiano Galileu Emendabile, mesmo autor do Obelisco e Mausoléu em memória dos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932, no Ibirapuera. O altar, com 9 metros de altura, foi construído em mármore e ônix do Marrocos. Parte da antiga grade de comunhão, em ferro, tranformou-se na base do altar central. Os 18 vitrais foram confeccionados pela Casa Conrado, sendo possível admirá-los mesmo à noite, por um iluminação externa especial. Os vitrais à direita representam: 1. Jesus com as crianças 2. Beato José de Anchieta no Colégio de Piratininga 3. São João Berchmans 4. Os Bem Aventurados 40 Mártires do Brasil 5. Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Gregório Naziazeno e São João Crisóstomo 6. Bem Aventurado Roque Gonzales 7. São Pedro Claver 8. Bem Aventurado Juan del Castilho 9. São Pedro Canisio
À esquerda: 1. A Sagrada Família 2. Santo Ignácio de Loyola 3. Padre Manuel da Nóbrega 4. Padre Belchior de Pontes 5. São João, São Matheus, São Marcos e São Lucas 6. São Francisco de Borgia 7. São Estanislau Kostka 8. Morte de São Francisco Xavier 9. São Roberto Belarmino A Paróquia São Luís Gonzaga foi, até 1965, a capela do Colégio São Luís.
Colégio São Luís Em 1867, os jesuítas fundaram o Colégio São Luís (seu segundo colégio), em Itu (SP), e sua importância foi atestada pela visita do Imperador D. Pedro II. Entretanto, uma epidemia de febre amarela fez com que buscassem outro local para o colégio, transferido para a capital em 1918, na Avenida Paulista. A Capela foi inaugurada em 1936. O prédio original do Colégio não mais existe, substituído por instalações mais modernas, incluindo o edifício São Luís Gonzaga, marco arquitetônico da cidade.
São Luís Gonzaga Luís nasceu em Mântua (Itália), em 1568, primogênito do Marquês de Castiglione delle Stiviere. Proveniente da família Gonzaga, São Luís tornaría-se príncipe, e para isso freqüentou as cortes de Mântua, dos Medici e na Espanha. Após ter recebido a primeira comunhão nas mãos de São Carlos Borromeu afastou-se dos privilégios da nobreza e dedicou-se à busca da pureza. Entrou para a Companhia de Jesus e recebeu de seu diretor espiritual, São Roberto Berlamino, três caminhos para a santidade: Confissão e Comunhão, devoção a Maria, leitura da vida dos Santos. Em 1591, enquanto estudava em Roma, uma epidemia de tifo assolou a cidade, assustando inclusive pessoas que pudessem cuidar dos doentes. O s jesuítas abriram um hospital para tratar os enfermos, e São Luís, mesmo debilitado pelas freqüentes mortificações, foi ao encontro dos necessitados como voluntário, padecendo deste mesmo sofrimento, que o mataria aos 23 anos de idade, em 21 de junho. Cumpria-se uma visão que teve em 1590, onde o Arcanjo Gabriel dizia que Luís morreria dentro de 1 ano. Foi beatificado em 1605, 14 anos após sua morte, sendo canonizado pelo Papa Bento XIII em 1726, juntou com outro jesuíta, Estanislau Kostka. Seus restos mortais repousam na Igreja de Santo Inácio, em Roma, e seu crânio foi levado para uma basílica em Castiglione, sua terra natal. Modelo para os jovens, São Luís enfrentava o mundano perguntando-se: De que serve isto para a Eternidade?. São Luís é o patrono da juventude, e também considerado protetor dos enfermos de pragas e epidemias (incluindo a AIDS), assim como dos que cuidam e tratam estas pessoas.
concerto: 05 de dezembro de 2007 - 20h30
Conheça mais sobre os jesuítas (clique):
Paróquia São Francisco de Assis - Santuário Largo São Francisco 133 - Centro (São Paulo - SP)
Com os descobridores
A presença dos franciscanos no Brasil se inicia com a vinda destes religiosos na esquadra de Pedro Álvares Cabral. O primeiro século desta história no novo mundo é marcada por profundas dificuldades, que não poucas vezes levaram os missionários ao martírio.
Em São Paulo Estabelecidos primeiramente no Nordeste, os franciscanos enviaram sete frades a São Paulo de Piratininga, onde, em 05 de janeiro de 1640 (ano da expulsão dos jesuítas devido a disputas com colonos) fundaram a Ermida de Santo Antônio, ao lado da Igreja de Santo Antônio, no atual Largo do Patriarca, Após cerca de três anos receberam da Câmara a doação de um grande terreno, inaugurando o Convento de São Francisco e São Domingos em 1647, até então o maior convento de São Paulo. As fundações atingiam 3 metros de profundidade e suas paredes, em taipa, mediam até 2 metros de espessura.
Curso de Direito Com a formação dos cursos de direito no Brasil (Olinda e São Paulo), o Curso Jurídico ocupou a sacristia do convento em 1828, abarcando toda a extensão do antigo convento, que foi posteriormente desapropriado pelo estado e demolido para a construção da Faculdade de Direito da USP.
A Província Franciscana Desde 1675, este local é a sede da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, criada pelo Papa Clemente X.
No final do século XIX, um incêndio destruiu a capela-mor, salvando-se apenas a imagem de São Francisco. O novo altar-mor, construído em Munique, foi doado pela Irmandade Acadêmica de São Francisco, integrada por professores e alunos das 'arcadas'. A imagem de São Francisco está ladeada pela imagem de Santo Antônio de Pádua (esquerda) e São Domingos (direita), Acima, a representação do Espírito Santo e do 'Pai Eterno'. Dessa época também é a abóbada com alegorias franciscanas, de autor desconhecido. A torre da Igreja possui um sino do século XVIII. O decreto da criação da Paróquia de São Francisco de Assis é de 1940. Atualmente, a Igreja de São Francisco encontra-se no final de um processo de restauração.
Ordem Franciscana: 3 Ordens
No Convento de São Francisco encontramos a Primeira Ordem, Ordem dos Frades Menores. Usam um hábito de pano rústico, amarrado na cintura por um cordão com três nós, lembrando os votos de pobreza, castidade e obediência. Ainda existem dois outros grupos na Primeira ordem: Capuchinhos (OFMCap) e Conventuais (OFMConv).
A chamada Segunda Ordem é o ramo fransciscano feminino, conhecida como Ordem de Santa Clara, ou simplesmente: Clarissas.
A Terceira Ordem é a secular, composta por leigos em fraternidades abertas. Sua padroeira é Santa Isabel da Hungria. Ao lado da Igreja conventual, foi construída em posição ortogonal, em 1676, uma Capela da Ordem Terceira da Penitência. Esta construção foi ampliada e a capela ortogonal virou transepto da nova igreja, inaugurada em 1787. Após três anos, as duas igrejas receberam uma nova fachada. Na Igreja das Chagas do Seraphico Pai São Francisco está o órgão mais antigo de São Paulo, do século XVIII, mas fora de uso.
O conjunto arquitetônico Franciscano foi tombado pelo Patrimônio Histórico em 1982.
Os franciscanos desenvolvem inúmeras ações assistenciais, como o Sefras (Serviço Franciscano de Solidariedade), com 31 projetos em 8 programas sociais. Para conhecer e ajudar a Província Franciscana acesse: www.franciscanos.org.br
Franciscanos brasileiros Entre os franciscanos conhecidos no Brasil, podemos destacar:
Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, canonizado recentemente pelo Papa Bento XVI no Brasil.
Frei Francisco Sampaio, que escreveu a primeira Constituição do Brasil, promulgada por Dom Pedro I.
Frei Pedro Sinzig, nascido em Linz e naturalizado brasileiro. Jornalista, regente e compositor (membro da Academia Brasileira de Música).
Dom Frei Paulo Evaristo Arns, Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo, que declarou o Convento de São Francisco um Santuário.
Dom Frei Cláudio Hummes, foi Cardeal Arcebispo de São Paulo, prefeito da Congregação para o Clero na Cúria Romana.
Conheça a vida de São Francisco (clique):
concerto: 22 de março de 2008 - 11h
Praça Santo Agostinho 79 - Liberdade (São Paulo - SP), metrô Vergueiro
O gradil do presbitério faz menção ao salmo 42: Como a corça bramindo por águas correntes assim minha alma está clamando por ti, ó meu Deus!
Agostinianos no Brasil
Em 1500, o nome de Santo Agostinho ligou-se ao Brasil, quando navegadores nomearam o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Desde então vários agostinianos se destacaram na nossa história, como Frei José de Sta. Rita Durão, autor de “O Caramuru”. Mas a história oficial dos agostinianos no Brasil começa em 1899, com a chegada de um grupo de religiosos no Rio de Janeiro.
O início da construção da Igreja de Santo Agostinho em São Paulo deu-se em 27 de agosto de 1911, quando o Arcebispo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, fundou a primeira pedra no chamado "Morro Vermelho", no bairro da Liberdade. A primeira missa foi celebrada em 1917 pelo superior dos agostinianos, Pe. Domingos de Lemos; em 1929 a igreja foi elevada a categoria de paróquia. Sua arquitetura em estilo gótico-normando é única no Brasil, destacando seu exterior vermelho de tijolos aparentes, a torre, as capelas laterais e sua cúpula octogonal. Os jornais da época diziam que "quando a cúpula chegasse aos 50 metros de altura não haveria prédio na cidade de São Paulo que pudesse competir em altura, e que por isso teria o prestígio de velar como atalaia pela paz e prosperidade da Urbe, recolhendo no seu seio tanto as súplicas do amor como os gemidos de dor".
No interior da igreja, os vitrais e afrescos revelam fatos da vida de Santo Agostinho. Vários artistas decoraram o templo, entre eles o pintor espanhol Pedro Antonio. O altar-mor é de mármore de Carrara e no altar lateral direito encontram-se os restos mortais do Pe. Mariano de la Mata, em processo canonização.
Beato Pe. Mariano de la Mata Aparicio (1905-1983)
Pe. Mariano nasceu em Palencia, na Espanha; eram oito irmãos, e os quatro homens foram agostinianos. Veio ao Brasil em 1931. Foi professor no Colégio Santo Agostinho, vigário na Paróquia e diretor espiritual das “Oficinas de Santa Rita de Cássia”. Sua vida foi marcada pela dedicação aos pobres, doentes e crianças. Morreu no Hospital do Câncer, aos 78 anos, numa segunda-feira após a Páscoa. Sua beatificação, decorrente de um milagre com uma criança em São José do Rio Preto, foi celebrada na Catedral da Sé em 05 de novembro de 2006, pelo Legado Pontifício e Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, o cardeal português Saraiva Martins. Todo dia 5 de cada mês, após as missas das 7h e 19h30, há a benção dirigida aos doentes e crianças, de quem Pe. Mariano é considerado protetor.
Oficinas de Santa Rita de Cássia
Animado pela leitura das Escrituras, retira-se para uma grande conversão em Cassicíaco, depois sendo batizado por Santo Ambrósio, bispo de Milão, em 387. Diz-se que para essa ocasião, Santo Ambrósio teria escrito o texto do 'Te Deum'.
Após
a morte de sua mãe, em Óstia (porto de Roma), Agostinho vende seus bens e passa a viver
junto a amigos, em pobreza, oração e obras de caridade, assim formando o
monacato agostiniano.
concerto: 31 de outubro de 2008 - 21h
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